terça-feira, 18 de maio de 2010

Injustiças laborais em nome da Frelimo Deteriora-se ambiente laboral no hotel “VIP”





“Isto já não tem nada de um hotel de cinco estrelas. O que ficou é apenas o nome. Estamos a trabalhar em condições de uma pensão. As condições em que trabalhamos não têm nada a ver com um hotel de cinco estrelas” – afirmam trabalhadores. “Nós queremos saber se lá no partido onde o administrador diz ter influências, e por isso nada lhe podem fazer, é de onde vêm instruções para espezinhar trabalhadores moçambicanos – idem.

Maputo (Canalmoz) – Está a deteriorar-se o ambiente laboral entre os trabalhadores e o patronato do hotel “VIP”, em Maputo. As coisas parecem estar a tender para o pior. Há já muito tempo que os trabalhadores contestam os “actos desumanos” perpetrados pela “administração do hotel”, que tem à frente o administrador Gulamussene Agiz, homem que é apontado pelos trabalhadores como o fomentador de injustiças e abusos desmedidos contra os funcionários. Segundo dizem os trabalhadores, o administrador Gulamussene Agiz diz ter largas influências dentro do partido no poder, a Frelimo, por isso nada lhe podem fazer. Segundo os trabalhadores, o administrador Gulamussene Agiz diz que ele é a “própria Frelimo”.
De entre muitas questões que os trabalhadores levantam, salientam-se as disparidades salariais, a humilhação em público, a transformação dos trabalhadores em empregados domésticos da família do administrador (os trabalhadores são obrigados a lavar carros, assim como a roupa do administrador e da sua família), a falta de transporte. Outra questão é a cozinha que, segundo os trabalhadores, funciona numa espécie de cela. Está gradeada, para permitir medidas de segurança contra roubo de produtos. Segundo contam, os cozinheiros são metidos na referida cozinha, e depois são trancados lá dentro até à hora da sua saída, criando assim condições para que ocorra uma tragédia, caso aconteça um incêndio na ausência do homem que fica com as chaves.
A questão da cozinha, assim como outras, foram levantadas na presença da ministra do Trabalho, Helena Taipo, quando visitou o hotel, mas, até hoje, a cozinha continua um cárcere. A verdade é que, longe de serem resolvidos os problemas, estes só estão a ganhar uma nova roupagem, levando a um ponto crítico as condições dos trabalhadores.
Por outro lado, os trabalhadores do “VIP” acusam a Inspecção do Trabalho, a nível da cidade de Maputo, de nada fazer para pôr travão aos abusos perpetrados pela administração do hotel, porque, das vezes que a Inspecção do Trabalho se deslocou ao hotel por causa das irregularidades, pôde confirmar que elas existem. A situação faz com que os trabalhadores acreditem na teoria do administrador – a teoria das “costas quentes” a nível do Governo.
Desesperados, os trabalhadores afirmam que estão cansados com todo o tipo de humilhações que passam dentro daquele estabelecimento hoteleiro.canalMoz

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