sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Ao dizer que o governo não tinha ordenado o bloqueio do serviço de SMS,s Paulo Zucula mentiu!

uma ordem do INCM, exigindo a interrupção temporária do serviço de SMS,s foi enviada às operadoras na segunda-feira, altura em que circulavam, com insistência, mensagens convocando a novos protestos contra o custo de vida
Afinal o ministro dos Transporte e Comunicações, Paulo Zucula, mentiu quando disse que o governo não tinha dado qualquer ordem no sentido de as duas operadoras móveis bloquearem os serviços de mensagens de texto (sms) como forma de evitar o retorno às manifestações populares contra o elevado custo de vida no território nacional.
É que, uma carta do Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM), órgão regular do sector de telecomunicações no país, enviada, na tarde desta segunda-feira, as duas operadoras, dá instruções claras no sentido de a mcel e a Vodacom suspenderem o serviço de SMS para todos os clientes.
O INCM é tutelado pelo Ministério dos Transportes e Comunicações.
Ao que o SAVANA/mediaFAX apurou, as duas operadoras aderiram à instrução na convicção de que a mesma havia sido tomada pelo Governo como uma decisão enquadrada na segurança do Estado. Na segunda e terça-feira, o serviço das sms estava bloqueado nas duas operadoras, deixando os clientes com os nervos à flor da pele. A Vodacom registava problemas no pré e pós pago.
A mCel tinha apenas problemas no prépago, pacote com maior número de clientes, sobretudo, os de renda baixa.
O SAVANA/mediaFAX soube que ao aperceber-se de que a mCel não havia suspendido o serviço das sms,s nos pós-pago, o concorrente da amarela protestou junto do regulador. Perante os protestos, o regulador concordou que a segunda operadora de telefonia móvel a entrar no mercado moçambicano também poderia facilitar o atendimento aos clientes pós-pagos.
Soubemos que a interrupção dos serviços da sms estava a provocar problemas e congestionamento graves, que poderia resultar na queda da rede e interrupção dos serviços de telecomunicações nas duas operadoras. Contudo, o regulador insistiu que os serviços de sms deviam continuar suspensos para a base de clientes pré-pagos de modo a não por em causa a segurança do Estado, num país em que oficialmente não foi declarado um Estado de sítio.
Dados do INCM apontam que em Moçambique mais de 27% da população tem telemóvel, com o pacote pré-pago a ocupar uma posição de peso. O último censo populacional indica que Moçambique possui cerca de 21 milhões de habitantes.
A maioria dos manifestantes que deram corpo aos protestos de 1 e 2 de Setembro são de renda baixa e usa os serviços de telefonia pré-pago. O telemóvel foi a principal arma usada para convocar os protestos, contra a galopante subida do custo de vida em Moçambique. Nesta quinta-feira, os serviços de sms,s nas duas operadoras estavam paulatinamente a regressar à normalidade, mas com alguma timidez.
 
Fonte: Media fax 10.09.10 in Reflectindo Sobre Moçambique

2 comentários:

  1. Caso para se dizer: Viva a democracia.
    O governo abusa do poder e da autoridade, tem sido sempre assim, não sei quando o cenário irá mudar.
    Maria Helena

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  2. Maria Helena, viva a democracia .povo no poder. o Moçambicano já acordou,parabens irmãos

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