CINCO pessoas morreram recentemente, na vila-sede do distrito de Alto Molócué, província da Zambézia, presumivelmente vítimas de intoxicação alcoólica causada por uma aguardente de marca “Rhino Gin”, que terá sido consumida em doses excessivas com o fito de se apurar quem acabaria primeiro, segundo noticiou a Rádio Moçambique.
Com efeito, as mortes ter-se-ão registado ao longo das diversas fases de um concurso, pouco comum entre nós, a que os promotores intitularam de “Quem é o maior bêbado”. São escassos os detalhes sobre a tragicómica ocorrência, mas pensa-se que os promotores terão alguma ligação com a empresa fabricante da referida aguardente que, ao que tudo indica, é produzida na vizinha província de Nampula.
Os factos são referentes a finais do mês passado, contudo só esta semana é que foram tornados públicos. Mesmo sem entrar em pormenores, a RM avança que tudo terá começado quando trabalhadores supostamente da empresa fabricante da referida bebida se deslocaram à vila de Alto Molócuè com o propósito de promover uma nova marca de bebida – o “Rhino Gin” – junto dos consumidores.
No concurso, cada participante terá recebido cinco garrafas daquela bebida, sendo que o prémio ficaria para quem bebesse, na totalidade e no mais curto espaço de tempo, aquelas unidades, mais ou menos, à maneira do arriscado sistema “one time”.
Segundo a mesma estação radiofónica, alguns dos concorrentes terão morrido instantes depois de ingerir as primeiras doses daquele Gin, outros a caminho de casa e do hospital.
Ao tomar conhecimento do sucedido, o Governador da Zambézia, Itai Meque, imediatamente mandou criar uma comissão de trabalho com a finalidade de instaurar um inquérito para averiguar os factos e proceder à identificação dos promotores do mortífero concurso, devendo depois ser responsabilizados pelos seus actos.
No país, especialmente nas cidades de Maputo e Matola, demandam algumas unidades produtoras de bebidas de elevado teor alcoólico e de qualidade duvidosa, consideradas pela sociedade como sendo produtos potencialmente prejudiciais à saúde, para além de serem bebidas que, regra geral, depois de consumidas estimulam a prática de comportamentos anti-sociais entre as camadas mais jovens.
As autoridades que lidam com campanhas de prevenção e combate à SIDA consideram que aquele tipo de bebidas alcoólicas contribui igualmente para a promoção da promiscuidade sexual entre os consumidores.Fonte: Jornal Noticias
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