sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Velha OJM EDITORIAL (@Verdade )

Não sabemos se a Frelimo tirou ilações da estrondosa e pornográfica derrota de 7 de Dezembro, em Quelimane. Também não sabemos se os mesmos já pensaram na responsabilidade da OJM na goleada sofrida em território chuabo.
O que a OJM, uma organização juvenil que se diz de massas, foi fazer em Quelimane? Qual foi a importância do discurso de Basílio Muhate para a juventude de Icidua, Coalane e Sangarivieira, só para citar três exemplos de onde a Frelimo foi objecto de uma copiosa derrota?
Para sermos mais claros, o que a OJM podia oferecer a uma juventude eternamente excluída para além das barrigas imponentes dos seus líderes?
A derrota da Frelimo é, diga-se, uma derrota da OJM em toda a medida. Até porque quem votou em Quelimane foram os jovens. Foram eles que não arredaram pé das escolas do subúrbio. Foram eles que enfrentaram uma polícia armada até aos dentes. Foram eles, mais do que a PRM, que vetaram qualquer possibilidade de fraude.
Fonte: @Verdade - 15.12.2011

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A “grande máquina” da Frelimo avariou em Quelimane

Quelimane (Canalmoz) - O candidato do MDM, Manuel de Araújo, venceu as eleições “intercalares” em Quelimane por uma margem confortável de cerca de 62%. Derrotou o seu adversário Lourenço Abubacar Bico, candidato pelo partido Frelimo.
Quelimane passará a ser o segundo município do País a ser dirigido por um membro do MDM.
O mandato do professor doutor Manuel de Araújo termina em 2013 quando se realizarem as próximas eleições autárquicas.
A CNE ainda não se pronunciou sobre os resultados, mas o MDM celebrou a vitória depois de um exaustivo e eficiente processo de apuramento paralelo baseado em editais de todas as assembleias de voto.
Até no centro do poder provincial, na assembleia onde votou Itai Meque, governador da Zambézia, Manuel de Araújo destroçou completamente o seu adversário.
Às três e meia da manhã, o próximo edil da capital da Zambézia, Manuel de Araújo, acompanhado por Daviz Simango, presidente do MDM, que é também presidente do Município da Beira, celebrou pela baixa de Quelimane, com um cortejo muito concorrido, sobretudo por jovens, a “vitória” conseguida “a ferros” contra uma polícia completamente servil à Frelimo, que protagonizou um espectáculo de intimidação do eleitorado vergonhoso e sem precedentes, desde a madrugada do último dia de reflexão até se convencer que realmente a candidatura protegida pela FIR estava irremediavelmente vencida pelo voto popular a favor do candidato da Oposição.
A votação iniciou-se às 07h00 da manhã de ontem e as urnas encerraram às 18h00.
A primeira notícia da manhã dava conta que o chefe da liga juvenil do MDM na Zambézia, uma peça basilar no contexto da organização, fora preso pela Polícia, cerca da 01h00 da manhã, na sua própria residência, sem mandato judicial. Numa tentativa de ouvir a PRM sobre as causas da detenção, a porta-voz escusou-se literalmente a esclarecer os vários jornalistas que estiveram no comando provincial para saber por que razão teriam detido um influente membro do MDM na madrugada das eleições “intercalares” em Quelimane.
Logo às primeiras horas da manhã a Polícia, fardada e armada, interveio em várias assembleias de voto contrariando a legislação eleitoral. Prosseguiu com esse comportamento ao logo do dia. Contactados os agentes dentro das assembleias, estes, de forma extremamente educada, esclareceram o Canalmoz que estavam a cumprir “ordens superiores”.
Foi escandalosa a intromissão da Polícia nestas eleições em Quelimane, clara e desavergonhadamente alinhada com o partido Frelimo.
A FIR chegou a dispersar, fazendo uso de granadas de gás lacrimogéneo, jovens que se aglomeraram em defesa do voto, em redor de algumas das 14 escolas em que funcionaram as 141 assembleias eleitorais.
Em quase todas as assembleias de voto Manuel Araújo derrotou o seu adversário e nas poucas em que perdeu isso sucedeu com margens muito pequenas contrariamente aos casos em que “cilindrou” o candidato da Frelimo.
O funcionamento das equipas do STAE e delegados das candidaturas nas assembleias de voto, foi digno de registo e apreciação favorável, salvo num ou noutro caso isolado. A nódoa do processo foi de facto a polícia e o seu comportamento induzido por oficiais superiores da corporação.
Estiveram no terreno vários observadores, nacionais e estrangeiros.
Cerca da meia noite o Canalmoz avistou-se com o professor Dr. Brazão Mazula, do Observatório Eleitoral, ex-presidente da CNE aquando das primeiras eleições gerais e presidenciais. Ele admitiu que Manuel Araújo era o virtual vencedor destas eleições embora tenha salientado que se abstinha de comentários finais porque ainda faltavam uns quatro editais para sustentar em definitivo a contagem paralela. (Fernando Veloso e Adelino Timóteo, em Quelimane).

Chauque, minha inspiração- MANUEL DE ARAÚJO, admiro-te Homem, és uma referência positiva da Juventude, é a frase que uso desde 2008 como chave do meu blogger e tinha e tenho razão, parabéns  MANUEL DE ARAÚJO e muito obrigado a VERÓNICA MACAMO
 POR TUDO QUE FEZ PARA AJUDAR O MANUEL ARAÚJO,  A GANHAR .

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Menino indiano morto por pertencer a casta inferior


… tinha o mesmo nome com outro menino de casta superior


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Maputo (Canalmoz) - Um menino indiano da casta dos dalit (intocáveis) considerada a mais baixa do sistema indiano foi morto a semana passada no Estado de Uttar Pradesh, norte da Índia, por ter o mesmo nome de um outro menino de uma casta superior. O nome partilhado pelos meninos é Neeraj, e a família do menino morto já tinha sido avisada para mudar o nome do seu filho.O incidente ocorreu numa vila chamada Radhaupur. Segundo escreve a BBC, o corpo do menino de 14 anos viria a ser encontrado arredores da vila onde todos viviam e com sinais de morte por estrangulamento.
A polícia local confirmou que antes do assassinato de um dos seus filhos, foi pedido para o pai de Neeraj, Ram Sumer, mudasse os nomes de dois filhos, pois eram os nomes dos filhos de Jawahar Chaudhary, o homem da casta superior.
O subdelegado da polícia local, Praveen Kumar, informou que Ram Sumer, o homem da casta dos dalit, e Jawahar Chaudhary têm filhos com nomes de Neeraj e Dheeraj e que isto gerou problemas entre as duas famílias.
Chaudhary já teria alertado a família de Ram Sumer várias vezes para que ele mudasse o nome dos filhos.
Entretanto, dois amigos da família Chaudhary foram presos e o próprio Chaudhary nega envolvimento de sua família na morte do adolescente, alegando que a sua família está a ser incriminada pela polícia local.
Os filhos de Chaudhary, Neeraj e Dheeraj, estão desaparecidos. Mas a polícia local prendeu dois amigos da família que, segundo os policiais, tem envolvimento no crime.
A discriminação por castas é considerada ilegal na Índia, mas o preconceito ainda existe em muitas regiões do país. (Redacção/ BBC Brasil)